No Sítio Sertão Grande, situado no meio do conjunto de chácaras localizadas no Chico Capuano, perto do bairro Carlos Cassucci, em São José do Rio Pardo, o casal Luis Henrique Mantovani, 63 anos, e Eidy de Souza, 40 anos, tem uma atração que chama a atenção de todos que passam ao lado da propriedade: as minivacas.

São apenas três vaquinhas, mas não há como não parar ao lado da cerca que faz divisa da propriedade com a estrada para observá-las. Uma delas, inclusive, está para ter um bezerrinho por esses dias.

Luis Henrique conta que, antes de adquirir os exemplares, tinha vacas comuns, chegando a ter 16 cabeças para uma área de apenas 3 mil metros quadrados. O espaço pequeno demandava um trato alimentar em curral que ficava caro para mantê-las, pois apenas a pastagem natural não era suficiente.

Foi então que ele decidiu vender todo o gado e comprar a primeira minivaca. Gostou tanto que, pouco tempo depois, comprou a segunda e a terceira, gastando no total R$ 6 mil. Elas têm, respectivamente, 5 anos, 2 anos e 1 ano de vida. Eidy diz que eles não pagaram caro porque os animais foram comprados de pessoas conhecidas e por preços relativamente inferiores aos praticados nesse tipo exótico de mercado.

“Dizem que as vaquinhas desse porte valem bem mais, dependendo da raça e da condição em que elas estejam”, comentou o casal, acrescentando que elas são extremamente dóceis e fáceis de lidar. “Comem alimentação igual às vacas normais: capim picado, quirela de milho e sal proteinado”, acrescentou Luis.

Dedicação: Luis exibe as minivacas que cria em sua propriedade (Reprodução/Gazeta do Rio Pardo)

Produção de leite

Há minivacas que dão de 10 a 12 litros de leite por dia, mas isso geralmente ocorre quando elas têm bezerros novos e a produção do leite aumenta. Isso está para ocorrer com a minivaca maior dentre as três – que já é de um porte mais alto que as demais e até o fechamento desta edição estava para parir seu primeiro bezerro.

Luis e Eidy, porém, estavam preocupados, no dia da reportagem, com uma das vaquinhas menores, que passou recentemente por uma delicada cirurgia por conta de uma doença e levou mais de 300 pontos. Ela estava sem comer e só tomava água, causando apreensão no casal.

Cuidado e amor

Em relação às vacinas, Luis diz que as minivacas necessitam dos mesmos cuidados que as vacas comuns, principalmente contra a aftosa. E esse detalhe nunca é esquecido por ele.

Perguntado se ele as está criando para vender, ele respondeu: “Há muitos que já se ofereceram para comprar uma ou outra, inclusive pagando bem mais do que eu paguei, mas a intenção é aumentar o número delas. A gente pega amor nesses bichinhos”, concluiu. (Fonte: Eduardo Eron/Gazeta do Rio Pardo)