Feira do Produtor retoma funcionamento em São José do Rio Pardo

Feira do Produtor retoma funcionamento em São José do Rio Pardo

Enquanto muitos municípios estão recorrendo às feiras drive thru e tantos outros  produtores ao delivery, buscando novas formas de comercialização frente a nova realidade, São José do Rio Pardo se adaptou para manter a já tradicional Feira do Produtor que acontece, desde 1984, em um espaço construído para esta finalidade pela prefeitura. As barracas de

Enquanto muitos municípios estão recorrendo às feiras drive thru e tantos outros  produtores ao delivery, buscando novas formas de comercialização frente a nova realidade, São José do Rio Pardo se adaptou para manter a já tradicional Feira do Produtor que acontece, desde 1984, em um espaço construído para esta finalidade pela prefeitura.

As barracas de frutas, legumes e verduras são de produtos oriundos da produção local, já que o município tem sua economia baseada na agricultura, em especial a agricultura familiar. E todo domingo, os 60 feirantes montam suas barracas para atender à fiel clientela conquistada ao longo do tempo, no qual algumas barracas foram passadas de pai para filho e até de avô para netos, garantindo a sucessão familiar e evitando o êxodo rural. A feira também conta com espaço específico para os açougues, que seguem as normas da vigilância sanitária para funcionamento.

 

Retomada

Para que a Feira do Produtor pudesse retornar – foram cinco semanas paradas logo após o anúncio da quarentena –, houve um intenso treinamento com os produtores rurais, os quais comercializam seus produtos não só lá, mas também nas quitandas e mercados locais e regionais. “Visitamos cada um deles, levamos panfletos, conversamos sobre as formas de contaminação, relembramos o que aprenderam nas capacitações feitas pela Casa da Agricultura local com apoio da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) Regional São João da Boa Vista, divulgamos os materiais disponibilizados pela Secretaria de Agricultura para a retomada das feiras livres e outro com instruções aos produtores para evitarem o contágio, seja na hora de comercializar, seja na produção, ainda no campo”, conta Renata Daniele Vechini Dalbon, diretora da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de São José do Rio Pardo. “Nosso intuito é proteger todas as famílias, tanto as que vivem na área rural, quanto na área urbana”, explica.

De acordo com ela, há uma grande preocupação com a população rural que depende do ganho obtido junto ao espaço. “A feira dá uma subsistência ao produtor, então foram tomadas todas as medidas preventivas para que continuasse ocorrendo e de forma segura”, afirma a diretora. As entradas e saídas são controladas, foram feitas marcações no chão para o distanciamento (cerca de 1,5m), a posição das barracas também foi alterada, todos usam máscaras e há álcool em gel, água, sabão e papel toalha à disposição. Após cada realização, todo o local é higienizado para estar pronto para sua próxima edição. Vale destacar que a Feira do Produtor acontece todos os domingos, das 6h às 11h.

 

Tecnologia e tradição

Mais organizados, muitos também passaram a adotar medidas mais modernas para esse contato com a clientela, como os grupos de WhatsApp, criados pelos produtores mais jovens, os quais foram de grande auxílio. Já os mais antigos ainda fazem uso das ‘cadernetas’ e, pela relação firmada ao longo dos anos, têm conseguido levar, principalmente até os mais idosos (grupo de risco que está em isolamento social), os produtos antes adquiridos na feira. “Eles estão conseguindo atender a toda a clientela, de uma forma ou outra, e estão animados, voltaram com alegria a realizar a Feira do Produtor”, conta Renata.

 

Entusiasta

A Feira do Produtor tem um grande entusiasta, o atual secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Luiz Roberto de Oliveira. Engenheiro agrônomo por formação, ele conhece bem a realidade rural, foi um dos organizadores da Feira do Produtor e sempre deu apoio à conquista deste espaço permanente para que o agricultor tivesse uma venda segura e direta ao consumidor, com preços melhores para ambos e sem atravessadores.

“É um marco para a cidade. Há produtos que só são encontrados na feira, como o limão-cravo, que não é comercial, bem como paina e macaúba, que não são encontrados em mercados comuns. Eles estão acostumados com o que a clientela quer, produtos diferenciados, muitas vezes com valor agregado, como os doces, que acabam garantindo uma clientela específica. São produtos que poderiam ficar perdidos no campo e são trazidos para a feira, garantindo uma renda ao produtor, portanto, não poderíamos deixar que perdesse a continuidade”, diz p secretário, lembrando que na época em que foi criada eram comuns os ‘sacolões’, os quais não tinham a mesma qualidade e nem vinham da produção direta do produtor. “A Casa da Agricultura teve, na época, atuação fundamental junto aos produtores rurais”, frisa.

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