Produtividade: Rigamonte observa os rendimentos da cultivar no campo (Arquivo/Jornal do Produtor)

Desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético de Batata da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a cultivar BRS F63 (Camila) está em franco crescimento na região de Vargem Grande do Sul. Para se ter ideia, a variedade já está presente em uma área de aproximadamente 500 hectares e a tendência é que este território seja ampliado ainda mais nos próximos anos, conforme a projeção de João Rigamonte Belmar, representante comercial da Agrosem (Sociedade Cooperativa União Agrícola Canoinhas).

De acordo com ele, a oferta de Camila para o mercado este ano será bem maior, já que em 2020, maior parte do plantio foi destinado à multiplicação de sementes. Além disso, a cultivar se destacou nas vendas do ano passado, gerando maior lucro aos produtores. Para se ter ideia, as sacas chegaram a ser comercializadas por até R$ 10 a mais em comparação às demais variedades de batatas.

PROCURA GRANDE

Tamanho é o sucesso da Camila, que as batatas sementes produzidas para multiplicação já foram totalmente vendidas. Em 2020 foram comercializadas 3.730 caixas da variedade para a multiplicação de sementes. Já neste ano foram 5.470 caixas. “Houve mais pedidos, mas a venda já estava esgotada”, comenta Rigamonte.

PIONEIRO NA REGIÃO

Geraldo Canela: produtor é o precursor no plantio de BRS F63 (Camila) (Arquivo/Jornal do Produtor)

O produtor Geraldo Canela foi o pioneiro a investir na BRS F63 (Camila). Em 2018, o produtor adquiriu 100 das 150 caixas que haviam disponíveis do tubérculo e até cedeu sua propriedade, em Leme (SP), para a realização de um Dia de Campo destinado à apresentação da cultivar.

Tamanha a qualidade e boa aceitação no mercado lhe chamaram atenção, fazendo com que ampliasse o investimento na variedade e comprasse 1.000 caixas em 2019. Já no ano passado, ele plantou 45 hectares só de Camila e o resultado foi excelente, chegando a um rendimento de 800 sacas por hectare.