Seca prolongada pode ter secado 50% dos açudes, minas e córregos na região

Seca prolongada pode ter secado 50% dos açudes, minas e córregos na região

O longo período de seca ocorrido nos últimos meses tem preocupado os agricultores de toda a região. Segundo informações que alguns deles transmitiram à Casa de Agricultura de São José do Rio Pardo, a redução de açudes, minas e córregos chegou a 50%, com muitos pivôs parados pela falta da água para captar e irrigar

O longo período de seca ocorrido nos últimos meses tem preocupado os agricultores de toda a região. Segundo informações que alguns deles transmitiram à Casa de Agricultura de São José do Rio Pardo, a redução de açudes, minas e córregos chegou a 50%, com muitos pivôs parados pela falta da água para captar e irrigar as plantações. As chuvas desses últimos dias podem aliviar um pouco essa situação, mas o quadro ainda é considerado grave.

“O problema está seríssimo. Vários pivôs na região estão parados por falta de água. São culturas de verão irrigadas, como milho e soja principalmente, havendo locais que estão plantando e outros que não, porque falta chuva. Áreas onde não tem irrigação, todas as plantações estão paradas”, confirmou o zootecnista Rodrigo Vieira de Morais, da Casa da Agricultura, em entrevista à rádio Difusora FM.

“Pelo comentário dos produtores, a redução das minas de água e córregos de água chega realmente à ordem de 50%. Isso é muito grave. São José do Rio Pardo deveria ser uma região produtora de água por conta de seu relevo e por termos um rio – o Rio Pardo – que abastece o município. O pessoal urbano tem que dar graças a Deus por isso porque, se não, estaríamos em desabastecimento”, observou.

 

Causas

De acordo com ele, o volume médio de chuva é o mesmo ano após ano, mas com as queimadas, com as construções e a expansão das cidades, as matas estão sendo reduzidas e o volume de chuvas está se concentrando, cada vez mais, em períodos curtos do ano. “Este ano é um exemplo típico disso. Tivemos no início do ano muita chuva, depois de abril até o começo de novembro pouca chuva e de agora em diante deve cair muita água. Aí quando pega a média anual, ela será a média histórica dos outros anos”, comparou.

 

‘Colhendo o que se planta’

Rodrigo confirmou que isso já vem de longa data e explicou a causa. “Há um ditado popular que diz que a gente colhe o que planta. Se a gente ‘planta’ queimada ou desmatamento, não colheremos água ou um regime ideal de chuva. Então, ao longo desse tempo já havia desmatamento e sem reflorestamento. E agora há muito mais queimadas. Colhemos agora o que já vem ocorrendo desde 20 anos atrás ou mais. Desmatamento e queimada acarretam em mais desmatamento e mais queimada”, afirmou. “Quando você faz o incêndio, aquela palhada que é rica em nitrogênio e carbono vai para a atmosfera e perde-se a fertilização do solo. Além disso, o solo nu é propício a erosão. Agora em novembro e dezembro, quando chove, aquela cinza, que é rica em nutrientes também, será levada embora pelas primeiras chuvas que vierem. Então o produtor ficará com um solo em processo de desertificação”.

 

Orientação

Diante deste panorama, o zootecnista deu uma orientação. “Você que fez o CAR (Cadastro Ambiental Rural) e determinou sua mina d´água nele. Do ponto de saída da água, o olho d´água, você tem um raio de 50 metros que não pode mexer ali. Mas você pode ir com a trena lá, do olho d´água meça 50 metros, traça esse raio e cerque essa área. Olhando para a parte mais alta, faça uma faixa e refloreste ela para proteger sua mina d´água, que é o tesouro que você tem em sua propriedade”. (Fonte: Gazeta do Rio Pardo)

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