A produção e a qualidade do milho têm se destacado em São José do Rio Pardo. A constatação faz parte do balanço realizado por Rodrigo Vieira de Moraes, zootecnista da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS). Ele fez uma sondagem da agricultura e da pecuária no município durante os últimos meses, desde que a pandemia se iniciou.

Mesmo com os reflexos causados pelo novo coronavírus no mercado, o técnico relata que a produção local se manteve boa. “As lavouras de milho em São José do Rio Pardo tiveram uma produtividade média de 150 sacas por hectare, o que é algo muito bom. A qualidade dos grãos está ótima e, provavelmente, os produtores de milho tiveram um lucro satisfatório. Como o preço da saca está alto, foi bem interessante o plantio do milho padrão em São José do Rio Pardo”, comentou.

Outra cultura de destaque é a cebola. Segundo Rodrigo, os produtores têm plantado entre 300 e 400 hectares. Além disso, a condição climática está excelente, assim como as lavouras. “Espera-se uma produtividade bem elevada em São José do Rio Pardo e região”, disse.

Já em relação ao trigo, ele explica que é uma boa opção para quem quer diversificar de cultura, agora no inverno. “O trigo plantado na cidade, aproximadamente 200 hectares, continua tendo uma qualidade excelente”.

Na pecuária, em especial na área de bovinocultura de corte, o zootecnista afirma que a demanda está muito forte, para venda e exportação do gado. “Isso aumentou o preço da arroba do boi no país inteiro. Então para a pecuária de corte está uma condição favorável”, afirmou.

Área de plantio caiu

Apesar destes aspectos positivos, Rodrigo destaca que houve a redução da área de plantio este ano. “O pequeno produtor rural está com sua produção reduzida. Já estava reduzida por conta das dificuldades de venda, preço e custo. Agora com a Covid-19, tivemos uma queda de 30% a 40% da área de plantio. Além disso, o pessoal está na expectativa da venda do produto, sem saber como o consumo irá reagir nos próximos dias”, contou.

“Nessa pandemia, com a situação de crise, com um futuro incerto, a recomendação da Casa da Agricultura continua a mesma. É importante que o produtor rural faça a análise de solo, uma calagem, correção do solo de forma adequada. Na área que ficar parada, sem produção, é bom fazer um plantio de adubação verde, usando a semente adequada, de custo mais baixo, além de fazer um planejamento da lavoura. É a forma mais adequada do produtor rural reduzir o prejuízo futuro”, orientou. (Fonte: Gazeta do Rio Pardo)