Agro é protagonista na recuperação econômica da região

Agro é protagonista na recuperação econômica da região

Nossa região é uma potência agrícola e isto é de suma importância para a economia regional, pois este foi o setor menos afetado pela crise provocada pela Covid-19. Somos referência na produção de café, soja, batata, cebola, azeitona (isso mesmo, azeitona!), laranja e vários outros produtos. De fato, nem todos os 26 municípios deste levantamento

Nossa região é uma potência agrícola e isto é de suma importância para a economia regional, pois este foi o setor menos afetado pela crise provocada pela Covid-19. Somos referência na produção de café, soja, batata, cebola, azeitona (isso mesmo, azeitona!), laranja e vários outros produtos. De fato, nem todos os 26 municípios deste levantamento tem associação comercial ou industrial, mas todos possuem algum tipo de associação rural (associação, sindicato, cooperativa, etc). Também possuímos uma série de serviços voltados para o setor, como silagem e fábricas de insumos, além de uma agroindústria que vai de laticínios até produção de etanol. Porém, a participação da produção agrícola nos PIB’s municipais vinha caindo de 2007 a 2015 na maioria dos municípios que compõem este projeto, como pode ser observado na tabela ao lado.

Pode-se observar que nos números mais recentes, em alguns lugares, a atividade agrícola supera os 20% da atividade econômica (Caconde, Cajuru, Casa Branca, Cássia dos Coqueiros, Divinolândia, Itobi, Santa Cruz da Esperança, Santo Antônio do Jardim, São Sebastião da Grama e Tapiratiba), o que ratifica a importância do campo na economia regional, dado que em esfera estadual este número nunca esteve acima dos 3% neste recorte de tempo.

Alguns, como Aguaí, Casa Branca, Mococa, Pirassununga, Porto Ferreira, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Rosa do Viterbo e Tambaú tiveram uma queda radical na importância da atividade rural entre 2007 e 2015, enquanto outros menos. Mesmo que em alguns casos o crescimento continuou ou manteve-se às estabilidades, este decrescimento foi geral nos números do Estado de São Paulo. Felizmente, nos últimos anos esta queda foi revertida, pois a atividade agropecuária foi a menos afetada neste primeiro semestre.

Considerando que muitos negócios envolvidos em cadeias produtivas do setor agropecuário estão ligados à associações comerciais (em parcerias ou como associados mesmo), uma boa alternativa para estas organizações de agentes econômicos alavancarem projetos de recuperação econômica é recorrer à suas relações com a atividade rural. Isto pode começar promovendo-se palestras de produtores, consultores e pesquisadores da área, afinal, possuímos faculdades de Agronomia, Zootecnia e Veterinária na região e as pessoas envolvidas nestes cursos (sobretudo economistas e cientistas sociais) podem dar uma luz sobre caminhos de recuperação. São alternativas, possibilidades, dentre várias outras que podem surgir a partir deste eixo. O importante é aglutinar de forma harmoniosa várias iniciativas, sem que uma exclua a outra. São muitos os setores que precisam de uma alavanca e temos que recorrer a todos os recursos disponíveis no momento.

 

Marcos Rehder Batista

Sociólogo, pesquisador e líder do projeto RB Sustentabilidade 4.0

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